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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Perspectiva, Realidade e Viagens de Longos Períodos



  Entendemos o mundo conforme nossa história de vida, nossas experiências, as relações entre nossos familiares, amigos, amantes, trabalhos, escolas. Todos esses fatores e outros mais fazem parte da formação de nossos filtros. Aqueles "óculos" que nos fazem enxergar aquilo ao nosso redor, para reconhecer o que já conhecemos e identificar aquilo que é diferente. Com aquilo que é novo,  procuramos fazer associações com o que nos parece familiar, ou com algum sentimento semelhante que nos causa, e assim, atribuimos os nosso valores a cada uma das coisas que acontecem na nossa vida. E não estou dizendo em questões de valores monetários, mas sim, em como temos esse costume milenar de categorizar tudo aquilo que está ao nosso redor e dentro de nós.

  Desde pequenos somos ensinado a pensar no que é certo / errado, bonito / feio, grande / pequeno, máximo / mínimo, real/irreal, e dessa forma, esse padrão, essa linha de pensamento é passada de geração para geracão... mas e se o muito for muito mais do que isso ? 

   Aprendemos tanto com as crianças, pois elas estão livres dessas categorizações, e ao tentarmos ensiná-las, elas é que nos ensinam a enxergar o novo, denovo. E elas nos mostram associações, que muitas vezes nos parece engraçadas, mas que são totalmente possiveis.

  E com esse questionamento do mundo, muitos dos nossos filtros parecem não mais fazer sentido, e parecem ser aquela peça de roupa que você usou muito, mas não combina mais com você, e hoje, faz parte da sua história. 

  Ou seja, a realidade ao nosso redor, pode ser entendida de várias formas. E cada "óculos" vai nos mostrar realidades diferentes, diversidades. Assim como as línguas e linguagens que se constroem e traduzem culturas distintas. Fiquei impressionada em descobrir que em algumas línguas não existem a diferenciação entre feminino e masculino;  que em alguns lugares você pode contar zero, um, dois, ou mais ... de três em diante faz parte de uma mesma referência .... e assim vai ....

  O planeta parece ser o mesmo, aquele que muitos chamam de Terra, mas definitivamente, as interpretações, são muito diferentes.

    E acho que é esse tipo de experiência que uma viagem de longa distância e de longa data pode causar dentro de você ... algo que você não vai encontrar em nenhum guia de viagem .... mas que depois daquilo, nada será como era antigamente ... nem você e nem o seu mundo.

    Desejo a todos que sempre possamos aprender a usar novos "óculos"!



Com Carinho,

Lu

  

  

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vai Ser Sempre uma Boa História para Contar


  Quem nunca teve uma roupa manchada, ou quis fazer um Tie-Dye ? Já fiz lenços, camisetas e adoro, mas o que fazer quando você não está esperando que aconteça ?

  Então, semana passada, em um ato de gentileza lavaram minha camiseta branca com uma calça roxa, meio terracota... Sabe, aquela camiseta que o seu pai fala: comprei porque "tinha a sua cara", então, era ela .... era aquela blusa nova com cara de velha, para todos os momentos, nem muito arrumada e nem muito desleixada .... o algodão macio ..... eu sei que na hora que eu vi a blusa a minha vontade era de apertar o pescoço de alguém ... a única dúvida era se eu usava a calça ou a blusa !!!

  Mas como sou uma pessoa de paz, e tem um ditado muito bom que fala que aquilo que não tem solução, resolvido está. Então, respirei fundo ... e mentalizai a minha avó .... fiquei pensando ... o que será que ela faria em um momento desses ... ela que sempre teve todas as técnicas de alquimia seja com a comida ou com a roupa .... e lá estava eu lavando a camiseta, metalizando ela branca novamente... utilizando técnicas de muitas décadas de experiência ... e já com o sentimento de perdão do coração.

   Eu sei que agora, ela se encontra levemente lilás, e até que não está tão ruim. E vou continuar usando mesmo assim, quem sabe um dia ela volte a ser levemente branca.

   Já consigo até imaginar a reação das minhas amigas no Brasil ... "Nossa Luiza, que cor de blusa diferente!" ... e eu vou ter uma boa história para contar ;)

Renovação de Passaporte - Coisas que o Dinheiro não Compra!



   Viajar é uma delícia, mas convenhamos, quando temos que pensar nos vistos, no passaporte ... ai ai ai ... como diria uma amiga minha: dá uma preguicinha .... pois é!

   Alguns meses antes de sair do Brasil, me dei conta de que meu passaporte venceria em um ano após a minha partida. E você se pergunta, mas e dai ? E dai, que me falaram que para entrar em muitos paises é necessário que seu passaporte tenha pelo menos seis meses de validade, e como gosto de estar sempre bem preparada resolvi atualizá-lo. Eu sei que quando eu entrei no site da poliícia federal para fazer o tal do agendamento tinha uma fila de 4 meses, pois é QUATRO meses !!!

  Então, resolvi ir até o Departamento de Polícia Federal pessoalmente (já que o número de telefone caia em uma gravação que te falava para entrar no site .... e assim vai ...), para saber como eu poderia fazer, pois em três meses estava com viagem marcada ... eles falaram que essa coisa de seis meses não tinha problema .... e blá blá blá .... o que parece simples,  mas para ter essa resposta levou um bom tempo de trânsito, um bom tempo para achar um lugar para estacionar o carro, ir de uma pessoa a outra com uma cara de perdida, procurando uma resposta ... ou seja, foi uma manhã inteira.

  Resumo da ópera, sai do Brasil com o passaporte para vencer em um ano ... com a próxima data de volta para o Pais Tropical com um mês antes do vencimento .... mesmo sabendo que poderia ter problemas durante as passagens pelas fronteiras.

  Bom, eis que cheguei na terra do canivete, chocolate, 4 línguas e muita diversidade ... descubro que o consulado brasileiro ficava ao lado da casa que estou temporariamente. E pensei, porque não ir até lá e perguntar o que eu faço ?

  Cheguei lá, peguei a senha, fui atendida, peguei o formulário com a lista de documentos necessário e a taxa, que é o mesmo valor da taxa da policia federal no brasil. Na semana seguinte, voltei com todos os documentos e tudo certinho, e ... PASMEM ... em 30 minutos estava com o meu passaporte não mão !!! Sem despachante, sem estresse, sem horas e horas de fila ... sem estresse nenhum !!! E além de tudo, fui suuuuper bem atendida !!! Eu nem acreditei !!!

  E pensar que da ultima vez que tirei meu passaporte foram filas e filas de espera ... a foto tinha uma série de restrições ... com data, cabelo preso, blusa sem decote, não pode sorrir mostrando os dentes ... e aqui ... era só uma 3x4 recente !!!!

  Alguém pode me explicar, por que tanta diferença ??? Não vale falar que é só porque estou na suiça, pois fui atendida por um serviço brasileiro que está na suiça !!!

  Eu sei que depois dessa, minha sugestão é ... tirar renovar passaporte no Brasil ... não vale a pena !!!

Com Carinho,

Lu

domingo, 10 de julho de 2011

Surpresa Suiça



  Fazendo um balanço dessa minha viagem, acredito que a Suiça foi o país que mais me surpreendeu até agora. Talvez, por ignorância da minha pessoa, mas há alguns poucos anos, quando alguém me falava da Suiça, as primeiras imagens que vinham a minha mente eram chocolate, queijo, canivete .... tá, e bancos também. Tudo bem que não gosto de estereotipos, e de generalizações, mas essas eram as associações feitas na época.

  Depois, conheci um amigo muito querido que já morava lá, ou melhor, aqui, há anos, e me disse: "Sempre aprendo alguma coisa nova com a Suiça, e mesmo depois de muitos anos morando nela, me sinto fascinado".

  E hoje, aqui estou, há um mês. Indo e voltando para as redondezas, mas a maior parte do tempo aqui desde que cheguei na Europa. E comecei a me encantar com esse país tão pequeno e tão interessante, e vou registrar um pouco dessas boas surpresas.

   Primeiro, a cultura suiça, aqui, nada é padrão ... como posso explicar ... por exemplo, a língua ... existem quatro línguas oficias do país: Alemão, Francês, Italiano e Romantik ou Romanche (língua falada apenas na Suiça em uma região específica) .... (e que as vezes falo sem querer romantico ... opsss). A nota do dinheiro tem as 4 formas escritas, mostrando que nenhuma língua prevalece sobre a outra. E assim são a maioria dos produtos que você encontra nos mercados. 

  Tudo isso é originado da história da Suiça, que também me interessei em saber um pouco mais. A Suiça, também conhecida como Confederação Helvetica (por isso do CH), formada por 26 cantões ou estados, cada um com a sua peculiaridade e personalidade. Cada cantão tem o seu prórpio sistema de saúde, programa de educação, polícia e algumas políticas. Esse país foi formado não por uma imposição de uma unidade ou de uma equivalência, mas por povos muito distintos que não queriam fazer parte dos reinos que estavam se formando na época. Então, a diversidade aqui é muito evidente, seja pela línguas e até mesmo pela paisagem ... tudo é muito diverso e muito integrado. Isso que eu mais gostei !

   Ontem, sim ... um post atual ;) .... fui pedalar um pouco, e fiquei impressionada ... que com 5 horas em cima da magrela, sai de um grande centro, passei por pequenas casas de famílias mais rurais, e grandes fazendas ... veja bem que a grande fazenda daqui é bem diferente das grandes fazendas do Brasil ... a questão de espaço é bem diferente. E em 5 horas de percurso total já estava de volta a "grande" cidade, Genève. 

   E isso também me surpreendeu bastante, a questão do espaço é tão importante, que eles cuidam muito de cada pedacinho. Aqui é o lugar que mais encontro opções de produtos bio e fair trade. A preocupação sobre o impacto ambiental e social é algo que é muito importante, e fiquei feliz em ver essa realidade aqui.

   Outra coisa que é linda, os Glaciais, pra mim, que vi pela primeira vez neve na vida esse ano ... estar em pleno verão, poder enxergar bem de longe uma montanha cheia de neve da janela do quarto, enquanto estou morrendo de calor, é algo muito maluco ;)

   Bom, vou colocar algumas das fotos da pedalada de ontem:


  Campos de girassóis! As florzinhas da frente já estão mais velhinhas, mas mesmo assim, muito emocionante estar ai no meio ! Lembrei na hora do filme indicado pela minha mãe: Everything is Iluminated ! Não tem tradução em Português, mas é um filme muito bonito.


  A bicicleta faz parte de um programa municipal, em que as 4 primeiras horas são de graça, e depois disso, é cobrado um valor simbólico por hora. A bike tem cestinha, lanterna trazeira e dianteira, e buzina ;) Não é demais ?


Os primeiros bufalos e bufalas que vejo ao vivo! Tão serenos !


  Sim, bem perto da cidade, um mato. Ouvi dizer aqui, que na suiça, as florestas naturais crescem anualmente.



   Quase em Genève ... voltando para a cidade.

  Ah, outra coisa que achei demais foi, que assim como a bicicleta que faz parte de um programa da prefeitura, tem um site da suiça, que você encontra até em português, sobre as rotas do país. Sim, sugestões de rotas de caminhada, bike, patins, caiaque ... sozinho, acopanhado e/ou com crianças. O site é : www.myswitzerland.com.  Sensaconal !

 Seguimos parte da rota 50: http://veloland.myswitzerland.com/en/routen_detail.cfm?id=42132&tour=route&art=regional. Lógico ... seguimos a intuição do momento, e foi lindo !!!

      Desejo bom domingo para todos nós.

Com carinho,

Lu

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Leitura


  Faz uma semana que terminei esse livro sobre permacultura, uma indicação de uma amiga muito especial ;). Um livro muito esclarecedor, e foi muito interessante perceber que nesse momento da minha vida, tantos assuntos que me atraem parecem convergir de uma forma tão intensa, ou será que eu que vejo a convergência ? 

  Bom, para tentar explicar aquilo que estou começando a aprender, a permacultura, muitos mais do que uma forma de agricultura permanente, é uma questão de Cultura Permanente. Uma forma de estar atento a tudo a sua volta. Não só pensar nas formas de como iremos resolver a questão do nosso lixo, mas em como utilizaremos aquilo que produzimos e quanta energia precisamos para aquilo, precisamos de tanto ? A permacultura estimula a diversidade, e os recursos locais, não existe certo ou errado, mas aquilo que pode funcionar de uma forma em um certo local e de outro em outro. É uma prática diária, de prestar atenção em cada ato, e a cada coisa que acontece ao seu redor. Todos os elementos. Uma questão de consciêntização. Uma questão de COMO e não onde, sabe ? Uma forma muito interessante de como lidar com obstáculos aparentes, que podem te ensinar novas soluções. Uma Cultura que estimula a criatividade e novas idéias.

  E com todas esssas novas informações e linhas de pensamentos, me questionei muito em como o atual modelo de saúde, que trabalhei em São Paulo, tem lidado, ou não te lidado, com a questão de um modelo sustetável, quanto disperdício vemos no dia-a-dia ... seja em forma de material, de medicação ... ou até mesmo de mão de obra ... quantos profissionais de saúde não reclamam de suas condições de trabalho ? A questão de sustentabilidade, não é apenas uma questão de material, recursos e arquitetura ... mas sim uma questão humana de manter um sistema que todos se sintam integrados, e felizes por fazerem parte de um TODO.

  Compartilho aqui uns trechos do livro que realmente gostei muito.

 "We are only limited by our own imagination and life experience."

 "Good designers see every difficulty as really an opportunity."

 "You can't successfully impose your ideas about design on someone else propriety. You have to work along side the owners, so that they feel they have made a worthwhile contribution and they feel that they have ownership. In effect we should teach people how to plan rather than plan for them.
-  Não deveria ser esse também o papel do médico ?

  Mais do que os 3 R's "Reduce, Reuse, Recycle, Repair, Refuse, Re-think, Refrain, Reject, Reconsider"

  "Integrated pest Manegment (...) Some pests find food by the chemicals produced by the host plant. If you plant lots of the same type of vegetables together (as a monoculture) them the chemical signal is much stronger. This means you attract more pest." - E não só pensando em uma forma de plantio, mas na era da super-especialização, nós, seres humanos, não vivemos em monoculturas ? Vivemos e convivemos com os nosso semelhantes. Então, como reconhecer os nossos erros, se estamos em um grupo viciado ? Acredito que a diversidade é algo de deve ser cultivado não apenas na forma  que plantamos a nossa comida, mas a prática de viver a diversidade e aprender com essa diversidade no dia-a-dia.

  "You don't have too many pests - You haven't got enough predators! This philosophy ensures that we see the solution, not the problem. We look at the problem differently and, in this way, decide that we don't have a snail problem, but we have a duck deficiency."

  "Too often we forget that in the living world, and in our own garden, we are the most serious pests. We compete for food with a whole host of other animals, and we must become smarter about how we can obtain and satisfy our needs and look after the other creatures at the same time."

  Obrigada Querida Amiga pela indicacão ;) Realmente, esse livro tem muitas boas lições!

  Um Bacione !!!

   Lu

quarta-feira, 6 de julho de 2011

WV - NY - UK


  Ir para New York pela segunda vez (pois a primeira, como escrevi no roteiro do post anterior, fiquei apenas algumas horas) foi uma supresa para mim, pois o primeiro plano era ir de trem, depois, consegui uma carona até a metade do caminho, e no final, fui dirigindo com um amigo. E essa foi um das boas descobertas de aprender a viajar, pelo menos na forma que eu gosto, pois planejar é bom, mas planejar demais você acaba fechando as oportunidades que irão ainda surgir no decorrer do tempo. Por exemplo, se já tivesse comprado a passagem de trem desde o começo, talvez não tivesse feito uma viagem tão divertida e importante, como essa foi para mim, sabe ?

  Bom, eu e Wesley, meu amigo do volvo (aquele que eu consertei, então, ele) saimos as 4 da manhã do interior de West Virginia, do meio dos Apalaches dirigindo o querido carro, com café da manhã, frutas, água, e muita energia. A primeira parte da viagem, ele dirigiu, e eu ... tirei alguns cochilos ;) Mas da parte que eu estava acordada, foi lindo ver o nascer do sol na estrada, a mudança das cores, dos cenários.  Como estávamos dirigindo pelas estradas interestaduais, não entrávamos dentro das cidade, mas as paisagens mudavam bastante.

  Primeira parada, depois de 5 horas, na Pensilvânia. Aquela parada para manter a "homeostase interna" e esticar as pernas. A partir dali, trocamos os cargos, eu a motorista e ele dando uns cochilos. Nossa , fiquei muito supresa em perceber que lá ninguém respeita as leis de trânsito se não tiver um carro de polícia por perto. Eu estava tentando me manter no limite máximo de velocidade permitida, que era como no Brasil entre 100 e 120 km/h .... que nada ... em algumas partes, se ficasse no limite, os caminhões e os outros carros passariam por cima de mim. Sabe aquela sensação de ser empurrada pelos carros de trás ? Então ... fiquei abismada ! E seta ??? Você acha que alguém usava seta ??? Me senti uma européia dirigindo em um meio de malucos .... eu dentro do limite de velocidade, utilizando adequadamente os sinais de trânsito, e as ferramentas do carro .... enquanto todo mundo fechava todo mundo ... uma bagunça !!! Mas o mais importante é que eu sobrevivi e o Wesley também ... nem acordou com toda essa confusão.

  Meia hora antes de chegar na Grande Maçã, fizemos a parada para almoçar. Comi um grande hamburguer feito no próprio restaurante, que não era fast food! E me senti em um desenho do Scooby-Doo , como a foto pode demonstrar ;)


Terceira e última parte dentro do carro, eu continuei como a motorista, e seguimos para Manhattan.


  Pra mim, o mais interessante, foi chegar em Manhattan dirigindo. Nunca, nem se quer tinha passado na minha cabeça, essa possibilidade, e quando eu me dei por conta, lá estava eu, vendo todos aqueles prédios já conhecidos por seriados de TV, ou pelos filme ... vendo tudo aquilo, de uma perspectiva bem diferente, e tomando muito cuidado para não bater o carro !!!

  Bom, não precisa dizer que mesmo calculando os minutos para chegar em Nova York fora da hora do rush ... o trânsito é algo que impera ... assim, como na minha cidade natal. Então, não me estressei ;) Mas assim que deu, paramos o carro, levantamos acampamento e fomos andar.

  Acho que não deve ter forma melhor de se conhecer um lugar novo do que andar. Andando você sente o ritmo das pessoas que andam ao seu redor, você ouve as línguas que estão sendo faladas ao mesmo tempo, você sente o cheiro dos lugares e das pessoas, você enxerga lugares que, com certeza, se estivesse de carro não veria, e o melhor de tudo, poder andar na contramão, poder parar e acelerar quantas vezes quiser, tudo bem que as vezes você tem que utilizar algumas dicas de Parkour, mas não tem regra andar pelas ruas.

  Andamos, andamos, andamos e andamos .... atravessamos pela ponte de Manhattan e voltamos pela Brooklyn Bridge ... me senti no desenho do homem-aranha. Não fui a muitos lugares que muitos livros turísticos indicam ... e acho que me diverti mais ainda por descobrir lugares que nunca tinha ouvido falar e foi fantásticos !!! 




  E foi nessa viagem, que comecei a perceber o jeito que realmente gosto de viajar, que gosto de ter um mapa, que gosto de saber as opções de lugares, mas não gosto de ter um roteiro, gosto de sentir e criar o roteiro na hora, e é impressionante como as surpresas acontecem sincronizadamente !!! Foi muito divertido, foi intenso, foi leve, foi enriquecedor, realmente, me sinto uma pessoa melhor depois desses dias, uma pessoa mais sincera comigo mesma e com o meu jeito de ser. Foi uma excelente forma de fechar, a parte da viagem pelos Estados Unidos, com uma linda chave. Uma viagens de trabalhos, de rever velhos amigos, de fazer novos amigos, de lugares conhecidos, de lugares novos, de leitura, de novas músicas, de músicas antigas e de muitas, muitas aventuras.

  Obrigada pela compania Wes !!! (que eu sei que você entende português !!!)

  De lá, fui voando direto para Londres, onde fui muito bem recebida ;)

 Desejo que cada pessoa, cada uma em seu momento, em seu ritmo, se permita a se ouvir de uma forma muito especial. Uma lição que tenho aprendido diariamente, nesta minha viagem, desde o primeiro dia.

 Com Carinho,

 Lu 




terça-feira, 5 de julho de 2011

Onde ?



  São Paulo - New York - Baltimore - Atlanta - Hillsboro, West Virginia - Martinsburg - Marlinton - Lewisburg - Hillsboro, WV - New York - London - Genève - Lugano - Milano - Genève - Padova - Venezia - Murano - Burano - Lido - Venezia - Paris - Genève .... e a viagem continua !

Desconectar para Reconectar


  Como diria a minha mãe, nesse último mês, utilizei uma técnica milenar de desligar para ligar denovo. Sinto que me desliguei (não só da internet) não só para ligar denovo, mas sim para ligar no novo, na minha nova estação, e que talvez, só eu possa ouvir, e estou feliz por isso, por me permitir me ouvir de uma forma nova. Me sinto viva, me sinto leve e , o melhor de tudo, me sinto calma.

  Viajei para lugares diferentes, com pessoas diferentes, conheci pessoas novas, encontrei amigos antigos ... tantas descobertas, tantos insights .... e para quem me conhece ... sabe que não poderia passar tanto tempo sem dar alguns dos meus foras também .... aff ... mas tudo bem .... mais do que nunca, me sinto ateporal, então, escreverei fora de ordem cronológica, mas na forma que as lembranças surgirem. 

  Um abraço apertado e quentinho para aquecer o inverno de quem estiver no Sul, e para ficar meio grudado para quem estiver no Norte ;)