Entendemos o mundo conforme nossa história de vida, nossas experiências, as relações entre nossos familiares, amigos, amantes, trabalhos, escolas. Todos esses fatores e outros mais fazem parte da formação de nossos filtros. Aqueles "óculos" que nos fazem enxergar aquilo ao nosso redor, para reconhecer o que já conhecemos e identificar aquilo que é diferente. Com aquilo que é novo, procuramos fazer associações com o que nos parece familiar, ou com algum sentimento semelhante que nos causa, e assim, atribuimos os nosso valores a cada uma das coisas que acontecem na nossa vida. E não estou dizendo em questões de valores monetários, mas sim, em como temos esse costume milenar de categorizar tudo aquilo que está ao nosso redor e dentro de nós.
Desde pequenos somos ensinado a pensar no que é certo / errado, bonito / feio, grande / pequeno, máximo / mínimo, real/irreal, e dessa forma, esse padrão, essa linha de pensamento é passada de geração para geracão... mas e se o muito for muito mais do que isso ?
Aprendemos tanto com as crianças, pois elas estão livres dessas categorizações, e ao tentarmos ensiná-las, elas é que nos ensinam a enxergar o novo, denovo. E elas nos mostram associações, que muitas vezes nos parece engraçadas, mas que são totalmente possiveis.
E com esse questionamento do mundo, muitos dos nossos filtros parecem não mais fazer sentido, e parecem ser aquela peça de roupa que você usou muito, mas não combina mais com você, e hoje, faz parte da sua história.
Ou seja, a realidade ao nosso redor, pode ser entendida de várias formas. E cada "óculos" vai nos mostrar realidades diferentes, diversidades. Assim como as línguas e linguagens que se constroem e traduzem culturas distintas. Fiquei impressionada em descobrir que em algumas línguas não existem a diferenciação entre feminino e masculino; que em alguns lugares você pode contar zero, um, dois, ou mais ... de três em diante faz parte de uma mesma referência .... e assim vai ....
O planeta parece ser o mesmo, aquele que muitos chamam de Terra, mas definitivamente, as interpretações, são muito diferentes.
E acho que é esse tipo de experiência que uma viagem de longa distância e de longa data pode causar dentro de você ... algo que você não vai encontrar em nenhum guia de viagem .... mas que depois daquilo, nada será como era antigamente ... nem você e nem o seu mundo.
Desejo a todos que sempre possamos aprender a usar novos "óculos"!
Com Carinho,
Lu
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